A Promessa do Redentor
Introdução
Desde os
primórdios da humanidade, a promessa de um Salvador tem sido um elemento
essencial da fé católica. Deus, em Sua infinita sabedoria, não abandonou a
humanidade em seu estado de pecado, mas traçou um plano de redenção que se
desdobrou ao longo da história. Neste artigo, exploraremos a promessa de um
Redentor na Doutrina Católica, desde os primeiros pais até a vinda de Jesus
Cristo. Esse mediador deveria aproximar novamente o homem e Deus, para que o
homem pudesse obter novamente a vida sobrenatural. Deus não utilizou com o
homem a mesma severidade que utilizou com os anjos.
I - Promessa de um Redentor
Deus não deixou
a humanidade à deriva em seu pecado original. Ele prometeu um Redentor desde os
dias de Adão e Eva, quando anunciou a inimizade entre a mulher e a serpente
(Gênesis 3,15). Essa promessa foi renovada a Abraão, com a promessa de uma
bênção sobre sua raça (Gênesis 22, 17-18), que se cumpriria em Jesus Cristo. A
promessa também foi transmitida a Isaac, Jacó e ao povo judeu através dos
profetas.
II - A Demora da Redenção:
A realização da
promessa de um Redentor não ocorreu imediatamente, e há razões profundas para
essa demora:
a) A demora serviu para mostrar à humanidade sua
miséria e a necessidade de redenção.
b) Também permitiu que as pessoas compreendessem os
benefícios da Redenção, pois experimentaram a ausência de Deus em momentos de
desvio e idolatria.
c) A humanidade precisava se preparar para a vinda do
Redentor, e Deus deu sinais através dos profetas sobre suas características.
III - Consequências da Demora da Redenção
Antes da vinda
de Jesus, Adão e Eva receberam méritos da redenção antecipadamente, incluindo a
graça atual e a graça santificante. No entanto, mesmo os justos depois do
pecado original não poderiam entrar no céu antes da vinda de Jesus Cristo.
IV - Expectativa Universal do Redentor
A expectativa
pelo Salvador não era exclusiva do povo judeu. De uma forma geral essa
expectativa se dava pelas profecias que Deus fez. E até mesmo os povos pagãos
compartilhavam essa expectativa. E alguns fatos mostram essa expectativa pela
Vinda do Redentor como algumas passagens bíblicas: Mt II, 5-6; Lc II, 29-32; Jo
I, 19 e Jo IV, 25.
V - Veio o Messias?
Deus cumpriu
Suas promessas, e isso é evidente quando examinamos o momento em que Jesus
nasceu, sob o domínio de Roma, conforme profetizado em Gênesis 49, 10. Além
disso, a profecia de Daniel (Dn 9,24-27) aponta para o ano 33, quando Jesus foi
morto para redimir a humanidade do pecado.
VI - Cristo, Nosso Senhor, é o Verdadeiro Messias?
Ao examinarmos
as profecias e os atos de Jesus, encontramos uma concordância absoluta entre
Ele e as profecias messiânicas. Além disso, Jesus apresentou provas de Sua
messianidade.
VII - As Figuras do Messias no Antigo Testamento
Deus não apenas
prometeu um Messias, mas também associou simbolicamente várias figuras ao
Redentor e Sua obra. Exemplos incluem Abel, Isaac, José, Moisés, Jonas e Elias.
Essas figuras pré-anunciaram a obra redentora de Cristo.
Uma figura
interessante que podemos observar é a da Serpente de Bronze que era erguida
para curar os judeus no Antigo Testamento. Associando assim essa figura a Nosso
Senhor no Novo Testamento que é pregado no madeiro da cruz para nos redimir.
Conclusão
A promessa do
Redentor é uma narrativa rica em significado e profundidade. Desde os primeiros
pais até a vinda de Jesus Cristo, essa promessa moldou a fé e a esperança dos fiéis.
Ela não apenas se cumpriu em Jesus, mas também continua a iluminar a jornada
espiritual da humanidade, lembrando-nos do amor e da misericórdia infinitos de
Deus.
Fonte
Utilizada:
Doutrina
Católica do Cônego Auguste Boulenger
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